quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Avaliação da aprendizagem na EaD e suas ferramentas


Ao se tratar de avaliação é importante ressaltar que cumprir a avaliação diferente de medir a avaliação corresponde a um julgamento de valor atribuindo valores quantitativos e ou qualitativos a alguém ou a alguma coisa. Questões como o que, como e para que avaliar indicam diferentes modalidades que a avaliação pode assumir.

A avaliação da aprendizagem é compreendida como uma ação pedagógica e imprescindível para a qualidade do processo ensino e aprendizagem deve cumprir, essencialmente, três funções didático-pedagógicas segundo (HAYDT, 2002): função diagnóstica, função formativa e função somática, tanto no ensino presencial como no ensino a distância.

Na função diagnóstica: a avaliação refere-se à identificação do nível inicial de conhecimento dos estudantes na área, assim como à verificação das características e peculiaridades individuais e grupais dos estudantes (realizada no início do curso ou unidade de ensino) para averiguar se têm conhecimentos, habilidades e comportamentos necessários para aquisição de novas aprendizagens. Pode também ser usada para detectar problemas de aprendizagens e suas causas (HAYDT, 2002).

Na função formativa: Na EaD a avaliação formativa se destaca, pois a mesma é utilizada ao longo do processo de ensino e aprendizagem, servindo como uma forma de regulação, objetivando obter informações sobre o rendimento do estudante, sobre as falhas na organização do ensino e sobre as correções necessárias no planejamento de ensino para alcançar os objetivos propostos. Na avaliação formativa, a informação, portanto, deverá ser organizada de maneira acessível e com sentido para os estudantes, uma informação útil que sustente o diálogo entre todos os envolvidos no processo e o professor/tutor deve utilizar os feedbacks para dar retorno aos seus estudantes, como “uma via para tornar a avaliação mais formativa, captando as reações dos alunos, suas questões sobre o sentido e o alcance do que foi dito pelo avaliador, seus pedidos de explicação sobre as apreciações e as notas” (HADJI, 2002, p. 110).

A partir destas concepções podemos concluir que a Avaliação Formativa, acompanha o processo de ensinar com a finalidade de identificar e verificar se o aluno está alcançando os objetivos previstos de aprendizagem ou se será necessária uma intervenção que possibilite a superação dos seus limites no seu processo de aprendizagem. A avaliação formativa possibilita um reajuste permanente das estratégias de ensino e avaliação adotadas.

A avaliação somativa: objetiva oferecer uma visão global, de modo reunido, dos resultados alcançados no processo de ensino e aprendizagem. Sua utilização procura medir a que distância ficou o avaliado da meta a ser atingida inicialmente. Esse tipo de avaliação deve ser aplicado em momentos específicos ao longo de um curso, como, por exemplo, no final de um período ou ano letivo. Ou seja, ocorre ao final do ensino a fim de verificar o que o estudante efetivamente aprendeu. Abrange os conteúdos mais significativos e os objetivos mais amplos do período de ensino, visando à atribuição de notas. Cabe ressaltar que a avaliação somativa dentro de um contexto coerente de aplicação, associada a outros tipos de avaliação, é imprescindível e garante que as metas estipuladas sejam atingidas pelos estudantes, o que pode ajudar, inclusive, como motivação para que eles se dediquem aos estudos, apesar de não terem ainda total consciência da sua importância.

A Avaliação somativa realiza-se ao final de cada módulo. Faz um balanço final de tudo que foi conseguido. A intenção é "certificar", ou seja, constatar se a aprendizagem planejada aconteceu ou não e classificar os resultados ao final do processo.

A avaliação somativa por obrigação legal terá caráter presencial com questões fechadas.

Na EaD,podemos lançar mão de diferentes ferramentas tecnológicas para servir na avaliação da aprendizagem. Essas ferramentas podem ser:

Síncronas: permitem a comunicação em tempo real com o chat.

Assincronas: não exige a presença dos usuários simultaneamente ,mas ficam disponíveis o tempo todo na plataforma como: glossário, fóruns ,diários, wiki, questionários.

Híbridas: utilizam momentos presenciais em sala de aula) e não presenciais (web)


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação da aprendizagem é, de fato, um processo que deve desenvolver-se de forma contínua e contextualizada, visando avaliar não apenas o processo de aprendizagem, mas também o de ensino, aumentando sua amplitude e totalidade. A sua intenção não é só examinar, comprovar e quantificar, mas também melhorar ambos os processos. Vale Ressaltar que a avaliação da aprendizagem em EAD depende das bases que fundamentam o projeto político pedagógico da aprendizagem. As atividades avaliativas devem servir como ferramentas do processo ensino-aprendizagem e condizentes aos objetivos propostos e expressos no projeto político pedagógico. Na EAD sobressai a Avaliação Formativa por ser processual permite o acompanhamento do aluno junto ao professor e a garantia da autonomia do mesmo na construção do seu conhecimento.





Vamos comentar sobre a minha postagem! Qual a sua concepção sobre o processo de avaliação na EAD? Qual a importância das ferramentas tecnológicas utilizadas na avaliação da aprendizagem na EAD.



Atividade Unidade 2 – Didática e Metodologia do Ensino Superior para a Educação à Distância

PLANO DE ENSINO

CURSO
UNIDADE
Pedagogia
Centro de Educação à Distância - CEAD
DISCIPLINA
PROFESSORA
Didática I
Ana Maria Araújo Passos de Oliveira
ANO
MÓDULO
PERÍODO
CARGA HORÁRIA TOTAL
2012
Módulo I
60h/a

EMENTA

Análise histórico-crítico das diferentes concepções que fundamentam a prática pedagógica escolar, destacando o papel da Didática e o seu objeto de estudo. O planejamento como processo de organização/transformação do ensino na delimitação de objetivos, definição de conteúdos, seleção de métodos e técnicas, utilização de recursos e uso da avaliação numa concepção diagnóstica e processual. Projetos Pedagógicos.


OBJETIVOS

Geral:
-Possibilitar a análise reflexiva do processo de ensino-aprendizagem tomando como eixo o planejamento e a ação docente, e os elementos envolvidos no processo.

Objetivos Específicos:
-Problematizar o objeto de estudo da Didática e seu papel na formação de professores.
-Analisar a práxis educativa em uma perspectiva histórico-crítica.
-Avaliar a função do planejamento na organização do trabalho educativo.
-Analisar criticamente os elementos que compõem o planejamento do processo de ensino (objetivos, conteúdos, métodos e técnicas, avaliação) e a relação que os perpassa (relação professor-aluno).
-Elaborar plano de trabalho em sua área específica de atuação.
 



CONTEÚDO PROGRAMÁTICO



Unidade I

-Introdução a Didática.

-Análise histórico-crítica das diferentes concepções de Didática.

-Didática e Formação de Professores.

Unidade II

-Planejamento de Ensino.

-Histórico, Concepções, Finalidades.

-A elaboração de Planos de Trabalho.

-Determinação de objetivos e seleção de conteúdos.

-Definição de métodos/Técnicas de Ensino.

Unidade III

-Projetos Pedagógicos.



METODOLOGIA DE ENSINO





A metodologia será desenvolvida da seguinte forma:

Aula expositiva (1 aula presencial), com o objetivo de realizar uma discussão teórica básica necessária ao desenvolvimento do conteúdo da disciplina;

Desenvolvimento de atividades a distância na sala de aula virtual, com a finalidade de refletir a prática construída ao longo do curso. No ambiente virtual de aprendizagem deve acontecer à interação entre cursista/professor, cursista/tutor, tutor/cursista, tutor/tutor, professor/tutor, etc. Recomendar-se-á, também, leitura de textos retirados de livros, revistas ou jornais como suporte para as atividades de leitura e produção de textos; trabalhos individuais, trabalhos em duplas, trios e/ou grupos cooperativos.

Todas as atividades propostas no caderno didático deverão ser elaboradas, o fórum de discussão das atividades ficará aberto durante todo o estudo, porém com datas limites para postagens.

As atividades incluirão:

- Leitura de textos disponibilizados.
- Participação nos Fóruns de discussão.
- Envio de atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
-Participação em chat’s.
-Elaboração de portfólio







RECURSOS DIDÁTICOS




·         Caderno Didático – Módulo 1.
·         Computador conectado à Internet.
·         Plataforma Moodle.
·         Livros, revistas, jornais e textos complementares.

·            

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO


Aspecto a ser avaliado:
·         Domínio do conteúdo abordado na disciplina.

Instrumentos de avaliação:
·         Atividade da Unidade 1 do Caderno Didático.
·         Atividade da Unidade 2 do Caderno Didático.
·         Participação nos fóruns.
·         Avaliação Online.
·         Elaboração do portfólio
·         Participação nos chat’s.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

AZAMBUJA, Jorcelina Queiroz de:Souza, Maria Letícia Rocha. O estudo de texto como técnica de ensino.In:VEIGA, Ilma P.A. Técnicas de Ensino: Por que não? Campinas: Papirus, 1998.

BREGUNCI, Maria das Graças de Castro. Relação Professor/Aluno/conhecimento.In:MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Dicionário do professor – Currículo. Belo Horizonte: SEE/MG; SIAPE, s. d.

CASTANHO, Maria Eugênia L. M. Da discussão e do debate nasce a rebeldia. In: VEIGA, Ilma P. A. Técnicas de Ensino: Por que não? Campinas: Papirus, 1998.

CUNHA, Maria Eugênia L. M. O bom professor e sua prática. Campinas-SP: Papirus, 1992.

FERNANDEZ, Zenaide Ferreira. Plano de aula. In: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Dicionário do Professor – Currículo. Belo Horizonte: SEE/MG; SIAPE, s.d.

FREITAG, Bárbara; MOTTA, Valéria Rodrigues; COSTA, Wanderley Ferreira da. O livro Didático em Questão. 3. Ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1997. (Coleção Educação Contemporânea).


KENSKI, Vani Moreira. O ensino e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tecnologias. In: VEIGA, Ilma Passos A. (org.) Didática: O ensino e suas e suas relações. Campinas: Papirus, 1996.

LOPES, Antônia Osima. Aula expositiva: superando o tradicional. In: VEIGA, Ilma P. A. (org.). Técnicas de ensino: por que não? Campinas: Papirus, 1998.

LUCKESI, C. C. O papel da didática na formação do educador. In: CANDAU, V. (org.). A didática em questão. 2. Ed. Petrópolis: Vozes, 1983.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1994.

MARTINS, Pura Lúcia O. Conteúdos escolares: a quem compete a seleção e organização. In: VEIGA, I. P. (coord.). Repensando a Didática. Campinas: Papirus, 1989.

MURTA, Marinez Fulgêncio. Tendências pedagógicas. In: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Dicionário do Professor – Currículo. Belo Horizonte: SEE/MG; SIAPE, s.d.

PERRENOUD, P. Novas Competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide do Amaral. A prova Operatória: contribuições da psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Instituto Esplan, 1991.

SILVEIRA, R. A. Didática e educação de educadores: uma articulação dialética. Montes Claros: Unimontes, 200.

SOARES, Cláudia Caldeira. Multi, Inter, Transdisciplinaridade, In: MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Dicionário do Professor – Currículo. Belo Horizonte: SEE/MG.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Na sala de aula: o estudo dirigido. In: _____. Técnicas de ensino: por que não? Campinas: Papirus, 1998.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. O seminário como técnica de ensino socializado. In:_____. Técnicas de ensino: por que não? Campinas: Papirus, 1998.




BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR


FREITAS, B.; MOTA, V. R.; COSTA, W. F. O livro Didático em Questão. São Paulo: Cortez,

TRINDADE, Azoilda Loretto da. Olhando com o coração e sentindo com o corpo inteiro no cotidiano escolar. In:_____. (org.) Multiculturalismo: mil e uma faces da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 200.

BLOOM, B. Taxionomia dos objetos educacionais. Porto Alegre: Globo, 1972.

BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1977.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

GIL, A. C. Metodologia do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 1997.

HERNANDEZ, F. Transgressão e mudança na educação. Proto Alegre: Artmed, 1998.

LIBANO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1984.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Proto Alegre: Artmed, 1998.